A CONSTRUÇÃO



O homem sensato e nobre,
Quando faz a moradia,
Toma alvitres à prudência,
Conselho à sabedoria.

Primeiramente examina
O local, a posição,
E edifica os alicerces
Devidos à construção.

Não se cansa de escutar
As vozes da sensatez,
Que sugerem vigilância
E induzem à solidez.

Muito antes da parede,
Da janela, do portal,
Reflete fazendo contas
E escolhe o material.

Raciocina por si mesmo,
Não perde ponderações,
E estuda todo problema
Das suas aquisições.

Não se atira a preço baixo,
De matéria condenada;
A sucata não lhe serve,
Nem madeira carunchada.

Acima de toda idéia.
Vibra a idéia de seu lar,
Seleciona a caráter
Cada coisa em seu lugar.

Impõe-se nos seus desejos,
Sereno, prudente, ativo;
O senso da qualidade
Garante-lhe o objetivo.

Esse homem previdente
Dá lições a cada qual,
Na construção do edifício
Da vida espiritual.

*

Escolhe teus pensamentos
No dever que te governa.
Idéias, palavras, atos,
Constroem-te a casa eterna.

Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier