A FERRAMENTA



O êxito no trabalho,
Com que o homem se apresenta,
Depende da vigilância
Que se deve à ferramenta.

A enxada laboriosa,
Que coopera e não se cansa,
Pede zelo no serviço,
Para agir com segurança.

A agulha por ministrar
Benefícios e atenções,
Não dispensa tratamentos,
Desvelos e condições.

Nos trabalhos do tecido,
Em tudo que atinja o assunto,
O tear pede harmonia
Nas peças do seu conjunto.

A própria cozinha humilde,
No que diz respeito a ela,
Reclama copo asseado
E limpeza na panela.

No círculo das tarefas,
Da mais simples à maior,
Descuidada a ferramenta,
Tudo vai pelo pior.

Sem isto, qualquer serviço
Inclina-se à negação
E tende com rapidez
Às sombras da confusão.

Instrumento corrompido
Marca início de insucesso.
Sem lutas de vigilância,
Não há bênçãos de progresso.

O problema do utensílio,
E’ tão belo quão profundo…
Lembra sempre que teu corpo
Atende essa lei no mundo.

*

Viveres de corpo ao léu,
Estranho aos cuidados teus,
E’ injúria feita ao trabalho,
Menosprezo aos dons de Deus.

Do livro “CARTILHA DA NATUREZA” pelo Espírito Casimiro Cunha – psicografado por Francisco Cândido Xavier